Com a reflexão desse provérbio indígena iniciamos o segundo semestre abordando o que iríamos trabalhar no Projeto “Universo ao meu redor” também proposto no livro “Ler e Escrever”.
De acordo com o projeto trabalhamos com textos informativos, poesias, músicas, pesquisas, seminários, leitura de imagens, experiências, jogos, ...
Em todas as nossas propostas de trabalho nosso objetivo era levar os alunos a compreenderem que o homem está inserido em um ambiente e que depende de outros seres vivos para sobreviver, portanto devem, valorizar e respeitar a biodiversidade do planeta.
Nesse semestre estudamos os problemas, as causas e as consequências das atitudes do homem na natureza como: desmatamento, queimadas, as formas perceptíveis e imperceptíveis de poluição do ar, da água e do solo, a extinção dos animais. Essas ações têm provocado o aquecimento global, o efeito estufa, a chuva ácida, a escassez da água, doenças, ... ações essas que poderão levar a extinção da vida no Planeta Terra.
Durante nossos estudos procuramos levar os alunos a refletirem sobre a importância do reflorestamento, a conservação do solo, do ar, a economia da água, da energia elétrica, ou seja, entender que o ambiente deve ser respeitado, compreender o nosso Planeta Terra como sendo um lugar que compartilhamos com outros seres vivos e procurar estabelecer uma relação de equilíbrio entre o meio ambiente e a vida, compreenderem que com a destruição do meio ambiente o homem está destruindo a si próprio.
Resumindo, aprendemos que desenvolvimento sustentável é aquele capaz de suprir nossas necessidades, sem esgotar nossos recursos naturais e que para termos melhor qualidade de vida devemos ter consciência de que a continuidade da vida no planeta depende de cada um de nós.
Foi um projeto muito significativo, os alunos aos poucos foram demonstrando grande interesse e envolvimento durante todo o processo de realização dos trabalhos.
Como fechamento do projeto, o livro: “Ler e Escrever” propunha a realização de um seminário para os pais, mas ao compartilharmos com os alunos resolvemos estendê-lo à comunidade através da “Campanha de Conscientização Ambiental”, isto é, os alunos uniformizados entregaram folders com o objetivo de contribuírem para a conscientização sobre nossa responsabilidade com o meio ambiente. Essa proposta não só favoreceu a criatividade, mas também a socialização entre os alunos.
Contudo nos deparamos com um problema: a falta de recursos financeiros para colocar nossas ideias em prática. Nesse momento, percebemos que tudo que trabalhamos durante o ano, não só os conteúdos conceituais, mas também os procedimentais e atitudinais não foram em vão, pois as crianças inconformadas de não poderem realizar a campanha por falta de verba, tomaram a iniciativa e foram em busca de patrocínio e conseguiram.
E assim com muita luta conseguimos o valor necessário para fazermos os folders coloridos. Quanto às camisetas recebemos o apoio dos pais que as pagaram.
Até que enfim! Tudo pronto, organizado, e nos dias: 1º, 2 e 5 de dezembro colocamos o que aprendemos em prática realizando a Campanha nos bairros: Nenê Pereira Lima, José Justi e Jardim Alvorada.
Visitamos também as casas comerciais que nos patrocinaram, as escolinhas e o NAI do bairro onde nossa escola está localizada.
O envolvimento e a empolgação das crianças durante a campanha foram intensas. Era perceptível em cada olhar, em cada gesto, nos diálogos, a satisfação, a responsabilidade que demonstravam ao transmitirem uma mensagem de preservação ambiental. Cada um cumprindo seu dever de cidadão.
Muitos pais nos telefonaram, outros nos procuraram enfocando que há muito tempo não viam seus filhos tão felizes e envolvidos e que notavam também em suas ações cotidianas as mudanças de atitudes em relação à natureza.
Acreditamos que plantamos uma semente e como todos sabem boas sementes geram bons frutos. Somos convictas da importância do nosso trabalho, procuramos exercê-lo com dignidade, tranquilidade e podemos afirmar que demos o melhor de nós em tudo que fizemos.
“O educador é como um bom jardineiro, deve fertilizar o solo para que a planta jovem possa criar raízes fortes”
(E.F. Schumacher)
Professoras Cidinha e Márcia Angelita
Dez/11
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